No mundo moderno, questões relacionadas à comida e comportamentos alimentares têm se tornado cada vez mais comuns, com muitas pessoas lutando contra o que é comumente conhecido como “compulsão alimentar”.
Compreender as bases psicológicas desse comportamento repetitivo e incontrolável pode lançar luz sobre as raízes desse desafio.
De acordo com a teoria de Freud, a psique humana é governada pelo princípio do prazer, que busca a gratificação imediata e a fuga do desconforto.
No contexto da compulsão alimentar, indivíduos podem recorrer à comida como uma forma de obter prazer e conforto imediato, especialmente em momentos de estresse, ansiedade ou sofrimento emocional.
O ato de comer e consumir certos alimentos pode temporariamente aliviar conflitos emocionais subjacentes, levando a um ciclo compulsivo de busca de alívio através da comida.
Desejos inconscientes, frequentemente enraizados em experiências da infância e emoções reprimidas, podem exercer uma poderosa influência em nossas ações, mesmo sem nossa consciência.
A compulsão alimentar pode ser uma manifestação de questões emocionais não resolvidas do passado que buscam expressão no presente.
Indivíduos podem usar inconscientemente a comida como um mecanismo de enfrentamento para lidar com conflitos não resolvidos, traumas ou necessidades emocionais não atendidas.
No filme “A Baleia (2022)” o protagonista estrelado por Brendan Fraser, é um professor recluso com uma obesidade severa que encontra no comer sem limites uma saída para aplacar a angústia pela perda de seu companheiro e a dor do luto, pela culpa por sua orientação sexual e pela relação complicada que tem com sua filha adolescente que se sente abandona por ele. É um suicídio lento.
Compreender os mecanismos psicológicos por trás desse descontrole pode fornecer valiosos insights para aqueles que buscam ajuda e suporte para superar comportamentos alimentares compulsivos e impulsivos.
Ao explorar as motivações inconscientes, conflitos emocionais não resolvidos e necessidades emocionais subjacentes que podem estar impulsionando a compulsão alimentar, os indivíduos podem embarcar em uma jornada de maior conhecimento sobre seu sintoma e inventar uma outra relação com a comida, com sua relação com o prazer.
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